domingo, 15 de maio de 2011

D'où il vient?


Quando em nada esperar
E quando em nada prosseguir
Apostar que és digna de me fazer sorrir
E que desdenhas da solidão junto comigo
Acalenta cristas e marcas de orgulho
Minha costa, o apego
O seguro, a bonança
O desespero necessário
Que só te busca, e só em causa de ti
Ser tua massa carinhosa
Ser teu certo, e teu errado
Quando só nós dois
Aprender meio sem jeito
E decolar os pés em todos os beijos
Avisar do aviso de estar com saudades
Por que tem que ser assim?
E se amar é esperar
Por que ainda é assim?
E se amar for prosseguir
Juro que assim, ou mesmo que difira
Não podemos nos distanciar
E quando bastar eu estar comigo
E estar contigo for também me ter
Terei certeza que tudo é incerto
E que nunca sei onde isso vai dar
Mas pelo menos esse calor
Que regenera ao mastigar
Vai sempre me haver causado …
Me haver mostrado …
De braços dados …
Que amar, ao lado
É uma vontade de estar
De onde ou quando não importa
É só estar, se também estás.

Daniel Sena Pires - D'où il vient? (15/05/2011)

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